A vida está ligada às sensações desde do útero, onde o bebê recebe e responde a estímulos. Ao nascer essas sensações aumentam, é preciso aprender a reagir contra a gravidade, lidar com sons mais intensos, agudos e diversificados, cheiros, toques, movimentos, entre outros. Com o tempo o bebê aprende a lidar com essas sensações e a dar respostas apropriadas a cada uma delas. Contudo, existem crianças que apresentam dificuldade ao processar essas sensações.
A terapeuta ocupacional e psicóloga Jean Ayres desenvolveu o conceito de integração sensorial no século XX. Através de seus estudos identificou como sendo um processo cerebral que leva à organização e interpretação da informação recebida através dos diversos sentidos (tato, paladar, olfato, visão, audição, propriocepção e sistema vestibular) para que seja possível dar uma resposta adequada ao ambiente ou situação ocorrida.
Hoje em dia o conceito nos ajuda a entender o desenvolvimento da criança e a maneira como a mesma responde aos estímulos apresentados pelo ambiente. Tendo em vista o processamento das sensações, são realizadas abordagens que auxiliam a criança a dar respostas cada vez mais adaptadas e coerentes às exigências do meio.
Pesquisadores estimam que 8 entre 10 crianças com autismo têm alterações no processamento das informações sensoriais, por exemplo, não conseguir filtrar o ruído de fundo. Outros sinais de alteração do processamento sensorial incluem:
No autismo, as dificuldades sociais, comportamentais, motoras ou de atenção podem ser, parcialmente, resultado desses desafios sensoriais.
A abordagem utilizada pelo terapeuta ocupacional visa o envolvimento da criança em atividades sensorialmente enriquecidas, enquanto se facilita o desenvolvimento de respostas adaptadas aos desafios oferecidos.
O TO pode ajudar na integração sensorial e em algumas alterações comportamentais relacionados. A terapia de integração sensorial é um método de uso exclusivo de terapeutas ocupacionais.
Fonte:
https://www.webmd.com